terça-feira, 8 de abril de 2008

Com os olhos opacos
Que foram perdendo o brilho junto das lágrimas
Com os pés se arrastando
Estes já não têm motivos de continuarem em movimento
Mãos trêmulas e cansadas

A melancolia toma o corpo
Espalha-se semelhante á uma praga

Em minhas fracas mãos seguro uma rosa negra
Suas pétalas molhadas por minhas lágrimas
Ergo meus olhos e fico a observar o horizonte
Mas já não tem brilho nenhum
Tal brilho foi perdido com o tempo

Minha alma enfim partiu
Foi embora, mas pouco importa
Minha mente agora armazena apenas tristezas
Lembranças que por mim já tinha esquecido

Então no fim o que me resta?
Apenas esse corpo inútil
Pode feri-lo
Não fará mais diferença
Não sinto mais nada
Pegue uma faca
E me perfure
Estraçalhe-me
Pois afinal
Já estou morta por dentro.

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