domingo, 29 de março de 2009

Ao fim desses escuro túnel interminável vejo-o.
Com os braços esticados e as negras asas abertas,
Me esperando,
Esperando pelo momento que esperei por todo o meu caminho.

Tento correr para a imponente figura tão próxima,
Mas sinto os meus pés acorrentados ao chão.
Me mantendo estagnada no mesmo ponto.

Sem poder melhorar, e sem poder piorar.

Por mais que lute para avançar,
A escuridão vai me tomando o corpo.

Sinto-me ser puxada para trás,
Sinto-me regredindo a um ponto que já ultrapassei.

Vejo o que meus olhos já viram certa vez,
Vejo a partida dos outros novamente...

E então torno a tentar avançar,
Seguir em frente.

A bola presa aos meus pés cada vez mais pesada,
Me impedindo de fugir...
Me impedindo de partir,
De me juntar á única pessoa que me fez sorrir com verdade.

terça-feira, 24 de março de 2009

Sou a favor de qualquer coisa que diminua minha expectativa de vida
Um frio consumista me percorre a espinha.
Frio de medo,
Frio emanado por fantasmas do passado.

Julgam-me sem saber,
Taxam-me sem ao menos me conhecer.

Em meu mundo recluso,
Onde ninguém entra,
Habita a minha verdade.

Meu passado sangrento,
Feridas antigas não cicatrizadas,
Que permanecem a jorrar sangue.
Coração feito em mil pedaços,
Assim por acreditar em pessoas.

Presente escuro...
Vivo no fundo do poço de onde me joguei,
A única luz que enxergo está mais distante do que posso alcançar,
Então espero...

Espero pelo meu futuro certo,
Morte certa, breve...

domingo, 22 de março de 2009

Quando lhe mandar para a PUTA QUE LHE PARIU, não reclame, foi pelo que você pediu

quarta-feira, 11 de março de 2009

Em minhas mãos mantenho teu coração.
Cuidando dele da maneira que posso...

Em meu peito o meu coração continua a falhar...

Desritmado,
Insuficiente,
Despedaçado...

Lágrimas tornam a escorrer,
Eternas,
Incontroláveis,
Espontâneas...

Emocional destruído...
Instável...

Vou vivendo enquanto posso.

Estarei aqui para você enquanto meu coração ainda bater.

sábado, 7 de março de 2009

Escolha errada,
Mal pensada.

Erro absurdo,
Irremediável.

Construíme em uma base falha,
Um alicerce destruído.

Baseei-me em algo que não me sustentaria
Algo que se destruiria na menor das brisas.

E uma verdadeira ventania passou.

Meu mundo pequeno e restrito desabou.

Meu chão se desfez me levando a um fundo poço.

Escuridão me rodeia, e não existem salvadores para me resgatar.

Vou permanecer aqui até minha hora chegar.

Conto os minutos, os segundos, os milésimos para me safar.

Fingindo que nada está acontecendo para não entrar em agonia maior,
Vou vivendo, sem nenhum dia pensar no que me levou até aqui.

Meus pensamentos vagam para o meu passado, pois não existe futuro.

A luz que eu vejo está muito acima,
Fora do meu alcance.

Então vou perecendo pouco a pouco nesse poço sem fundo.