domingo, 29 de março de 2009

Ao fim desses escuro túnel interminável vejo-o.
Com os braços esticados e as negras asas abertas,
Me esperando,
Esperando pelo momento que esperei por todo o meu caminho.

Tento correr para a imponente figura tão próxima,
Mas sinto os meus pés acorrentados ao chão.
Me mantendo estagnada no mesmo ponto.

Sem poder melhorar, e sem poder piorar.

Por mais que lute para avançar,
A escuridão vai me tomando o corpo.

Sinto-me ser puxada para trás,
Sinto-me regredindo a um ponto que já ultrapassei.

Vejo o que meus olhos já viram certa vez,
Vejo a partida dos outros novamente...

E então torno a tentar avançar,
Seguir em frente.

A bola presa aos meus pés cada vez mais pesada,
Me impedindo de fugir...
Me impedindo de partir,
De me juntar á única pessoa que me fez sorrir com verdade.

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